Direito de Amar no Viva: 17 curiosidades sobre a trama

Um dos grandes clássicos dos anos 1980 global e reprisada apenas uma única vez, a novela Direito de Amar retorna hoje (04/12), às 14h40, com reprise às 00h30, através do Canal Viva, televisão por assinatura pertencente ao Grupo Globo. Produzida e exibida originalmente pela emissora carioca no seu tradicional horário das 18h, de 16 de fevereiro a 5 de setembro de 1987, em 172 capítulos, a trama de Walther Negrão, que teve a colaboração de Marilu Saldanha, Ana Maria Moretzsohn e Alcides Nogueira e a direção de Jayme Monjardim (também diretor geral) e José Carlos Pieri, é bastante lembrada pelo elenco de nomes talentosos como Glória Pires, Lauro Corona, Ítala Nandi, Cissa Guimarães, Suzana Faini, Betty Gofman, Narjara Turetta e Ednei Giovenazzi nos papéis principais e pela belíssima história e reconstituição de época. Por isso, vale relembrar 17 curiosidades desta obra baseada na radionovela A Noiva das Trevas, de Janete Clair e escrita na década de 1950, com os motivos para acompanha-la novamente através do canal de televisão por assinatura global.

Lauro Corona (Adriano) e Glória Pires (Rosália) em cena de Direito de Amar. Exibida em 1987, a novela escrita por Walther Negrão retorna hoje no Viva, canal do Grupo Globo. (Foto: Reprodução/TV Globo)

1- A Globo retornava à produção de tramas para a faixa das seis após uma pausa de três meses e uma ameaça de desativação do horário ocasionada por adversidades com o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Rio de Janeiro. Eles pediam um limite máximo de seis horas diárias de trabalho para seus afiliados.

2- Durante essa época sem novela nova na programação dentro da faixa das 18h (entre Sinhá Moça e Direito de Amar), a emissora apresentou uma reprise compactada de Locomotivas (exibida originalmente em1977), entre novembro de 1986 e fevereiro de 1987.

3- O lançamento de Direito de Amar foi requintado, mostrando um enorme empreendimento de produção incluindo arte, cenários e belos figurinos. O primeiro capítulo apresentou com elegância o fim de ano de 1901, no começo do século 20.

4- A trama, – uma excelente obra que aludia ao clássico folhetim, a produção, a direção e a interpretação dos atores asseguraram o sucesso da novela. (Site Teledramaturgia)

5- O autor, Walther Negrão inspirou-se em uma radionovela clássica de Janete Clair: A Noiva das Trevas, transmitida pela Rádio Nacional em 1956. (“Janete Clair, a Usineira de Sonhos”, Artur Xexéu)

6- A história original se passava em 1800 e foi inspirada na vida da avó de Dias Gomes. A radionovela narrava a trama de uma noiva que andava pelas ruas à noite, o que Negrão não incorporou à telenovela. O autor sustentou nomes de personagens batizados por Janete, como Francisco de Montserrat, mas alterou o século: a trama de Direito de Amar tem início na virada do século 20 (passagem para 1901). (Site Memória Globo)

Lauro Corona (foto acima) como Adriano, protagonista de Direito de Amar. Trama exibida às 18h foi baseada na radionovela A Noiva das Trevas, de Janete Clair. (Foto: Reprodução/TV Globo)

7- Ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia” (do Projeto Memória Globo), Walther Negrão disse que entrou para a novela por acaso: “Direito de Amar era para ser feita por outras duas autoras [Ana Maria Moretzsohn e Marilu Saldanha], mas houve uma briga nos bastidores e me chamaram para apagar o incêndio e juntar as duas. Eu peguei a sinopse e comecei a escrever a novela. (…) Acabei substituindo uma das autoras [Moretzsohn] pelo Alcides Nogueira.”

8- Por sua interpretação como o algoz Sr. de Montserrat, o ator Carlos Vereza fez um de seus melhores personagens em televisão. Curiosamente, o papel era visto com bons olhos pelo público feminino, que torcia por ele. O fato obrigou o autor a reforçar as maldades do vilão. Ainda assim, Vereza recebia várias cartas de telespectadoras apaixonadas. O ator foi o vencedor da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como o melhor ator de 1987, enquanto Jayme Monjardim foi agraciado como o melhor diretor do ano.

9- Na reta derradeira da novela, o ator Carlos Gregório entrou no folhetim para interpretar Cirineu Farfan, o pai biológico do filho que a jovem vilã Paula (Cissa Guimarães) aguardava. Walther Negrão nomeou, com a mesma alcunha, um papel de outro enredo seu: Despedida de Solteiro (1992-1993), feito por Mauro Mendonça. Mas os personagens eram completamente diferentes.

10- A atriz Ítala Nandi, voltava à televisão depois de um período de nove anos (a última novela da atriz tinha sido em 1978, na novela O Pulo do Gato).

11- A cidade cenográfica de Direito de Amar foi projetada em Guaratiba, situada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A obra reproduzia detalhes da arquitetura carioca do período, como a rua da Saúde, baseada no histórico bairro de mesmo nome, com ênfase para a confeitaria, em que as aspirações e os ideais do novo século eram discutidos por intelectuais, artistas e passantes.

Carlos Vereza (Sr. Francisco de Montserrat), Suzana Faini (Mercedes) e Glória Pires (Rosália) em cena da novela. Produção requintada e grandes interpretações foram alguns dos diferenciais do folhetim. (Foto: Reprodução/TV Globo)

12- Algumas cenas externas foram gravadas em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, como a do baile de máscaras no Palácio de Cristal, onde Rosália (Glória Pires) e Adriano (Lauro Corona) se conhecem. As tomadas tinham iluminação difusa para criar um efeito de passado. Cerca de 500 figurantes participaram da gravação do baile de máscaras. (Site Memória Globo)

13- A faixa das 18h (de novelas da Globo) deixou de apresentar as cenas dos próximos capítulos a partir de Direito de Amar. No início, os fatos importantes dos capítulos posteriores foram exibidos mas, depois, foram retiradas. Elas voltaram por um breve tempo em O Sexo dos Anjos (1989) e, a partir de Mulheres de Areia (1993), a emissora extinguiu-as por completo.

14- Conforme é informado no site Memória Globo, Direito de Amar foi comercializada para aproximadamente 50 países.

15- A novela foi o primeiro folhetim da atriz Luísa Thiré, filha de Cecil Thiré e neta de Tônia Carrero.

16- Direito de Amar foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo entre novembro de 1993 e 25 de fevereiro de 1994.

Glória Pires (Foto acima) nos bastidores de Direito de Amar. Novela foi reapresentada apenas 1 vez em Vale a Pena Ver de Novo há 30 anos. (Foto: Reprodução/TV Globo)

17- A Noiva foi o primeiro título pensado para a novela. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)

Fonte: Site Teledramaturgia e Memória Globo.

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