Adaptada do romance homônimo de Carolina Nabuco, a novela A Sucessora retorna hoje (27/03), às 11h45, numa faixa exclusiva para homenagear os 90 anos de Manoel Carlos através do Canal Viva, televisão por assinatura pertencente ao Grupo Globo. Produzida e exibida originalmente pela emissora carioca no seu tradicional horário das 18h, de 9 de outubro de 1978 a 2 de março de 1979, em 125 capítulos, a trama escrita por Maneco, com direção de Herval Rossano, Gracindo Júnior e Sérgio Mattar, é lembrada principalmente pela bela reconstituição de época, com a inserção de modas e costumes dos anos 1920. Além disso, uma trama envolvente e um elenco competente de nomes como Susana Vieira, Rubens de Falco, Paulo Figueiredo, Lisa Vieira e Nathalia Timberg, entre outros, também marcaram positivamente o enredo. Por isso, vale relembrar 12 curiosidades desta novela clássica de Manoel Carlos com os motivos para acompanha-la novamente através do canal de televisão por assinatura global.
1- A Sucessora foi uma das melhores produções de época para o horário das 18 horas da Globo até então, com perfeita reprodução do Rio de Janeiro da década de 1920, em cenários, figurinos, caracterizações e direção de arte. (Site Teledramaturgia)
2- Foi realizada uma esmerada reprodução de época do Rio de Janeiro da década de 1920. A pesquisa histórica ficou sob a responsabilidade de Ana Maria Magalhães. A escritora brasileira Carolina Nabuco, então com 88 anos, auxiliou na pesquisa da produção ao relatar fatos históricos como a construção dos hotéis Copacabana Palace e Glória, no Rio de Janeiro. Carolina era filha do diplomata e abolicionista Joaquim Nabuco (1849-1910).
3- O figurino de A Sucessora, que estava sob a responsabilidade de Zenilda Barbosa, se destacava pela veracidade com que reproduzia a moda e os costumes dos anos 1920. Houve detalhamento nos chapéus durante as festas, joias, cabelos, seda, rendas e roupas com bastante brilho.
4- As cenas realizadas na fazenda de Marina (Susana Vieira) foram reproduzidas na Fazenda Indiana, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, e na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, na cidade de Seropédica (RJ).
5- De forma equivocada, durante a exibição da novela, muitos acreditaram que seu enredo se apoiava em Rebecca, livro da inglesa Daphne Du Maurier lançado quatro anos após o romance A Sucessora (1934). As similaridades entre as duas tramas foram ressaltadas em artigo divulgado no The New York Book Review e, no Brasil por Álvaro Lins, crítico literário do Correio da Manhã.
6- No ano de 1967, Glória Magadan se inspirou na história de Rebecca para escrever a novela A Sombra de Rebeca. O folhetim foi protagonizado por Yoná Magalhães e Carlos Alberto, casal “vinte” da época. Ainda, a obra teve como ponto inicial o romance de Daphne du Maurier e a ópera “Madame Butterfly”, de Puccini (esta última, em que A Sucessora nada tem a ver).
7- A abertura da novela, elaborada por Hans Donner, Sérgio Liuzzi e Nilton Nunes, retratava uma sucessão de cartões-postais românticos dos anos 1920 sob a trilha de Odeon, de Ernesto Nazareth e Vinicius de Moraes, interpretado por Nara Leão. Os cartões foram dados à produção da trama pela colecionadora Ismênia Dantas, mulher do ator Nélson Dantas e mãe dos atores Daniel Dantas e Andréa Dantas.
8- Susana Vieira e Rubens de Falco formaram um casal dentro e fora da tela, uma vez que assumiram o namoro na época do folhetim.
9- Em 2006, a Som Livre lançou novamente a trilha sonora da novela em CD, dentro da coleção “Master Trilhas”, onde 26 trilhas nacionais de novelas e séries da década de 1970 jamais lançadas em CD retornavam às lojas. Já em 2014, a produção foi divulgada em DVD, em um box com 9 discos.
10- A Sucessora foi a estreia na Globo de Paulo Figueiredo e Liza Vieira, vindos das novelas da TV Tupi. Os atores interpretaram personagens relevantes na novela: os irmãos Miguel e Adélia, primos da protagonista Marina (Susana Vieira).
11- A trama foi comercializada para aproximadamente 50 países, entre os quais estão: Angola, Holanda, Itália, Suíça e União Soviética.
12- A novela foi reapresentada entre 17 novembro de 1980 e 08 de maio de 1981, às 13h45, em Vale a Pena Ver de Novo.
Fontes: Sites Memória Globo e Teledramaturgia.
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