Brasil, ano de 1969. Naquele tempo, as novelas ainda estavam no seu início, porém, grandes sucessos já haviam sido lançados no gênero como O Direito de Nascer, A Deusa Vencida, Redenção, Antônio Maria, Beto Rockfeller entre muitas outras obras de sucesso. Mas o que ninguém esperava era que nesse ano específico nasceria uma das maiores estrelas da nossa teledramaturgia: Adriana Esteves. Nascida no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1969, a atriz ganhou destaque a partir dos anos 1990 e 2000 interpretando protagonistas de novelas de sucesso na TV Gobo. Atriz reconhecida dentro e fora do país, Esteves é hoje uma das referências no quesito atuação e muitos são os papeis que marcaram a sua carreira. Por isso, o blog vai fazer uma homenagem a ela nesse dia tão especial e apresentar 10 atuações que estão na memória do público que acompanha o seu trabalho em televisão.
10 ° Tininha (Top Model/1989)
Depois de participar de um quadro no programa Domingão do Faustão, “O Melhor de Três”, Adriana foi convidada para estrear como atriz em um papel na novela Top Model (1989), de Walter Negrão e Antonio Calmon. Na trama ela era Tininha, namorada de Elvis (Marcelo Faria), e típica gatinha de surfista, esportiva e bronzeada. Apesar do pouco tempo de tela, já com esse papel ela conseguiu chamar a atenção da emissora que a escalou para a novela seguinte no horário nobre, Meu Bem, Meu Mal (1990).
9° Mariana (Renascer/1993)
Vinda do grande sucesso de Pedra Sobre Pedra no ano anterior, o autor Benedito Ruy Barbosa apostou na atriz para sua novela produzida em 1993. Na trama de Renascer, Esteves foi Mariana, neta de Belarmino (José Wilker) e Nena (Beth Erthal), que se aproxima de José Inocêncio (Antonio Fagundes) com sede de vingança, pois a avó sempre o acusou de ter sido o mandante da morte do marido. Mas a mocinha não resiste ao charme do fazendeiro, aumentando o abismo que o separa do filho caçula, João Pedro (Marcos Palmeira), que se apaixona por ela. Um trabalho infeliz na carreira da atriz que era criticada constantemente por sua atuação. Graças a isso, Adriana ficou afastada das novelas devido a uma depressão e só retornou em trabalhos menores, como na minissérie Decadência (1995) e na novela Razão de Viver’(1996) exibida pelo SBT.
8° Thelma (Amor de Mãe/2019)
Thelma é uma viúva que superprotege o filho, Danilo (Chay Suede), a ponto de esconder que tem um aneurisma cerebral incurável, gerando diversos conflitos pelo fato do rapaz se sentir sufocado e sem liberdade, ainda mais quando ele começa a namorar Camila e a mãe os pressionam para terem um filho. Em certo ponto da história, é revelado que o verdadeiro Danilo morreu aos 2 anos e Thelma, sem condições psicológicas de adotar, comprou uma criança de Kátia, a qual ela descobre ser Domênico e passa a tentar esconder a todo custo de Lurdes. Ainda no ar, por conta da paralisação devido a pandemia do coronavírus, Thelma é mais um papel importante na carreira de Adriana, que começa como uma mãe superprotetora e passa com o tempo a não medir escrúpulos para conseguir o que quer. Resta saber qual vai ser o destino de Thelma com o retorno da novela.
7° Lúcia Helena de Mendonça e Albuquerque (A Indomada/1997)
A heroína da história, ainda menina, compartilhava com a mãe, Eulália (também interpretada por ela), a expectativa do retorno do pai, José Leandro (Carlos Alberto Riccelli). Mas ele volta e morre logo em seguida, deixando na lembrança da filha uma verdadeira obsessão pela terra, que considerava o maior de todos os bens. Por conta de sua família estar completamente nas mãos de Teobaldo (José Mayer), ela aceita se comprometer com ele futuramente e vai estudar na Inglaterra, com data marcada para voltar e se casar com o desconhecido. Retorna a Greenville sem saber muito bem o que vem pela frente, mas disposta a cumprir o compromisso de casamento e resgatar o nome da família. A “indomada” do título, essa novela marcou o retorno de Adriana às novelas globais depois de 4 anos, a qual ela soube cumprir bem o seu papel de protagonista e com isso, abriu portas para trabalhos posteriores na emissora.
6° Laureta (Segundo Sol/2018)
Ao olhar de todos é uma figura extrovertida e enérgica, mas na intimidade é uma mulher solitária, amargurada e amoral, capaz de ir até as últimas consequências para conseguir o que quer. Laureta é “promoter” de eventos e figurinha carimbada da cena noturna da cidade de Salvador. Seu espectro de relacionamentos vai desde políticos, artistas famosos e empresários ricos até bandidos e figuras do submundo. A profissão de “promoter” é fachada para agenciar garotas e garotos de programa de luxo para clientes selecionados. A cafetina mantém uma parceria com Galdino (Narcival Rubens), que descobre informações para que ela possa chantagear seus clientes, caso tenha uma informação valiosa sobre suas vidas. Mantém uma relação bastante complicada com Karola (Deborah Secco), a quem ajuda em troca de dinheiro. Outro papel de grande destaque de Adriana no horário nobre, Laureta é mais uma prova de como a atriz possui um grande talento e consegue se reinventar a cada papel. Ainda assim, algumas pessoas compararam o seu trabalho como cafetina com a inesquecível Carminha de Avenida Brasil (2012).
5° Lola Calderón Puente (Kubanacan/2003)
Sua personagem era forte, decidida e bastante independente para uma mulher dos anos 1950. Ainda, no meio da trama, começa a cantar à noite no bar do Grande Hotel Cassino. Papel desafiante em sua carreira, Com Lola, Adriana pôde exercitar mais uma vez o seu lado cômico, que passou a ser uma das suas maiores habilidades em atuação. A artista mostrou versatilidade com outros nomes de destaque em Kubanacan como Vladimir Brichta (seu atual marido e com quem começou a se relacionar durante a novela), Marcos Pasquim e Carolina Ferraz.
4° Celinha (Toma Lá Dá Cá/2007-2009)
Dona de casa exemplar e cozinheira de mão cheia, Celinha é obcecada com eletrodomésticos de última geração, que compra em programas de televenda. Tem uma personalidade centralizadora e dá palpite na criação dos filhos de Mário Jorge (Miguel Falabella) com a mesma desenvoltura com que cria Adônis (Daniel Torres), seu filho com Arnaldo (Diogo Vilela). Com Celinha, Esteves exercitou mais uma vez seu lado cômico com maestria. Os tiques nervosos da sua personagem, que vivia estressada por conta das confusões da sua família, foi um destaque a parte e mostrou toda a sua versatilidade em cena.
3° Sandrinha (Torre de Babel/1998)
Filha mais velha de José Clementino (Tony Ramos) e irmã de Shirley (Karina Barum). É má, egoísta, sem caráter, mas bonita e cheia de encantos, usando seus atributos e o falso ar de inocência para tirar vantagem de tudo. Trabalha como garçonete no shopping e ao conhecer Alexandre (Marcos Palmeira), conquista o rapaz usando todos os artifícios da sedução. Um dos papeis mais lembrados da atriz em novelas. Com Sandrinha, Adriana conquistou o respeito da crítica como intérprete e foi o ponto alto de Torre de Babel com uma antagonista que nada tinha a ver com seus papeis em tramas até então.
2° Catarina Batista (O Cravo e a Rosa/2000)
Filha de Nicanor Batista (Luís Melo), irmã de Bianca (Leandra Leal). Rebelde mas fascinante, jurou jamais se casar pois não quer ser dominada por um homem. Cria situações divertidas para afastar pretendentes e leva as pessoas a fazer o que ela quer. São sua personalidade forte e língua ferina que predominam na trama. Quando fica furiosa, atira vasos e objetos contra os outros. Se apaixona por Petruchio (Eduardo Moscovis), mas vive em constante guerra com ele, o que trás diversos momentos diversos momentos engraçados para a trama. Outro grande momento de Adriana em televisão, Catarina mostrou toda a sua desenvoltura como atriz. Foi a primeira vez que fazia um personagem essencialmente voltado para o humor e uma evolução para ela como artista.
1 ° Carminha (Avenida Brasil/2012)
Mulher fria e ambiciosa, filha de Santiago (Juca de Oliveira). No começo da novela, está casada com Genésio (Tony Ramos) e mantém um caso com Max (Marcello Novaes). Depois de viúva, manda sua enteada Rita (Mel Maia) para um lixão e se casa com Tufão (Murilo Benício), um famoso jogador de futebol. No decorrer da novela, enfrenta o plano de vingança de Rita, que agora se chama Nina (Débora Falabella). Com Avenida Brasil, a carreira de Adriana subiu de patamar. Entregue totalmente ao papel, seu nível de atuação foi levado ao ápice para dar vida a uma personagem totalmente cruel e com uma carga dramática altíssima. Em entrevista dada em 2019, ela falou sobre como foi fazer essa personagem. “Carminha foi, sem dúvida, uma personagem absolutamente marcante. Ter recebido a missão de encarar esta personagem foi um presente e tanto de João Emanuel, autor da novela, e da direção da Globo”, aponta.
E na sua opinião, qual o personagem mais marcante de Adriana Esteves?
Fonte: Memória Globo, Wikipédia, Terra, Gshow.
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Fátima da minissérie Justiça (2016).
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