Foi um dia repleto de novidades e boas histórias. Assim posso definir a visita da minha turma de Comunicação Social, Jornalismo e Publicidade e Propaganda em geral, ao programa de televisão Altas Horas (2000 -atualmente). No dia 8 de outubro, terça-feira, chegamos à faculdade ESAMC por volta das 10 horas para iniciar o trajeto. No meio do caminho, paramos na estrada para almoçar e, em seguida, fomos direto para os estúdios da Rede Globo.
Antes de entrar, uma pessoa responsável pela segurança nos identificou e, após, fomos revistados também. Era perceptível o cuidado na identificação de todos. Nome por nome, todos foram diferenciados e os nossos pertences alocados por nós em um armário trancado. E acredito que este cuidado tenha sido um ponto positivo da produção. Depois de algum tempo esperando para entrar no estúdio de gravação, fomos chamados. A sensação de ansiedade e curiosidade estava muito alta para ver de perto o que só víamos pela TV. Quando entramos, o produtor do programa nos posicionou nas arquibancadas. Uma curiosidade foi o fato de haver um limite de tempo para saídas ao banheiro ou beber água. E se você não chegasse a tempo da volta do intervalo, teria que esperar até o próximo bloco.
Antes de iniciar a gravação, apareceu uma das pessoas que mais esperávamos. O apresentador Serginho Groisman. Muito simpático, o animador conversou com representantes de cada instituição da plateia e esbanjou carisma. E quando chegou o homenageado da noite, Zeca Pagodinho, a festa se fez completa. Em um dos momentos mais hilários da noite, ele pediu uma cerveja antes de entrar no ar e conseguiu palmas e gargalhadas do público.
Entre uma música do sambista e outra, com sucessos como “Deixa a Vida Me Levar” e ” Verdade”, ouvíamos curiosidades e peculiaridades dos convidados. Entre os quais estavam Maria Rita, Neguinho da Beija-Flor, Marcelo D2, Ana Carolina, Teresa Cristina, Ferrugem, Péricles e o grande Erasmo Carlos. Ana Carolina lembrou, ao ser perguntada como conheceu Zeca, que possui diabetes. Maria Rita disse que cresceu ouvindo rádio popular, Fundo de Quintal, Arlindo e o próprio sambista e os outros artistas presentes também contaram histórias do artista e teceram elogios ao cantor. Eu, ao vê-los conversando, fiquei pasmo como eles são “gente como a gente”. Esbanjam naturalidade na fala e improvisam de forma eficaz. Ressalto, também, o companheirismo e a cumplicidade dos cantores. Todos empenhados em fazer o programa dar certo. E, nesse sentido, foi uma noite de grandes descobertas.
Porém, cabe salientar o desconforto sentido no antes e durante as horas de gravação no programa. Ficamos mais de uma hora esperando para entrar e quando entramos, esperamos mais ainda. Além disso, não podíamos escolher o local onde ficar. O produtor do Altas Horas quem alocava todos, independente se você gostasse ou não. É claro que isso é necessário e faz parte da organização do programa, mas um pouquinho menos de formalidades cairia bem. Ainda assim, não foi nada que estragasse aquele momento único.
Enfim, depois de quase três horas de gravação, o programa foi finalizado. Recebemos um kit de alimentos na saída e voltamos a viagem para casa. Vários registros de imagem e vídeos foram realizados nesse meio tempo. Porém, na memória, vai ficar a lembrança de uma tarde com amigos regada a boa música, um programa conciso e uma empresa extremamente organizada. E, é claro, uma boa história para contar.
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